A construção discursiva da italianidade fragmentada na web filme “Dottore sono del sud” (2021)

Autores

  • Carolina Negritto Universidad Nacional de Córdoba Córdoba, Argentina e mail: carolina.negritto@unc.edu.ar

Palavras-chave:

Italianidade, estereótipos, memória discursiva, análise do discurso, web filme

Resumo

Abordar um estudo sobre a construção discursiva das identidades italianas Norte/Sul em produtos culturais cinematográficos dessa nacionalidade implica, por um lado, explorar os modos e processos de formação do pensamento social, através dos quais os sujeitos constroem e são construídos pela “realidade linguística” que observa, conceitua e enuncia a “realidade concreta”. Assim, a realidade concebida como plural, dinâmica e forjada socialmente (Berger y Luckmann, 1991) admite o pressuposto da existência de realidades heterogêneas mediadas pelos sistemas de significados que os sujeitos constroem a partir das singularidades de seus ambientes históricos, sociais e culturais. E, em segundo lugar, supõe conceber cada filme como uma encenação do social, um espaço simbólico no qual os grupos se manifestam, se posicionam uns em relação aos outros, expõem suas características definidoras, estabelecem suas relações de poder historicamente legitimadas (Sorlin, 1985) e, no caso italiano, marcadamente assimétricas (Negritto, 2016). Essa ordem social estratificada, de identidades estereotipadas confirmadas em práticas discursivas, é viável de ser desagregada desde a Análise do Discurso, cuja premissa fundamental concebe todo discurso como parte constitutiva e significativa de uma atividade social. Nesse sentido, análises discursivas resultam, por sua vez, em análises sociais (Van Dijk, 2000).

Referências

Abril Valdez, J. A. (2019). La afición por el cine ante la cultura digital: hacia una caracterización de la cinefilia 2.0. Zer, 24(47) 105-117

Achard, P. ([1983] 1999). Memória e produção discursiva do sentido, en Achard, P. y otros, Papel da memória, pp. 11-21. Pontes [traducción de J. Horta Nunes].

Altamirano, C. (2021). La invención de nuestra América. Obsesiones, narrativas y debates sobre la identidad de América Latina. Siglo XXI.

Amossy, R. y Herschberg Pierrot, A. (2001). Estereotipos y clichés. Eudeba.

Bar-Tal, D. (1994). Formación y cambio de estereotipos étnicos y nacionales: un modelo integrado. Psicología Política, 9, 21-49. http://www.uv.es/garzon/psicologia%20politica/N9-2.pdf

Berger, P., Luckmann, T. (1991). La construcción social de la realidad. Amorrortu.

Bourriaud, N. (2009). Postproducción. La cultura como escenario. AH.

Bourdieu, P. (1990). Sociología y cultura. Conaculta.

Courtine, J.-J. (1981). Quelques problèmes théoriques et méthodologiques en analyse du discours, à propos du discours communiste adressé aux chrêtiens. Langages, 62, 9-126.

Dambone, C. y Monteleone, L. (2019). La paura dello straniero. La percezione del fenomeno migratorio tra pregiudizi e stereotipi. Franco Angeli.

Dijk, T. van. (2000). El discurso como interacción social. Gedisa.

Furlanetto, M. M. (2000). Semântica, estereótipo e memoria discursiva. Biblioteca on-line de ciências da comunicação. https://www.researchgate.net/profile/Maria-Furlanetto/publication/242684943_Semantica_estereotipo_e_memoria_discursiva/links/596ccb1aaca2728ca689d957/Semantica-estereotipo-e-memoria-discursiva.pdf

Goldman, N. (1989). El discurso como objeto de la historia. Hachette.

Hall, S. (1997). Who needs Identity? En S. Hall y P. Du Gay, Questions of Cultural Identity (pp. 1-7). Sage.

Jost, J. y Banaji, M. (1994). The role of stereotyping in system-justification and the production of false consciousness. British Journal of Social Psychology, 33(1), 1-27.

Lippmann, W. (2003). La opinión pública. (Trad. Guinea Zubimendi, B). Cuadernos de Langre. (Obra original publicada en 1922).

Negritto, C. (2016). Los estereotipos socioculturales en tres comedias cinematográficas italianas. Una perspectiva diacrónica (1984 - 2010). [Tesis de Maestría]. Universidad Nacional de Córdoba. Repositorio institucional de la Universidad Nacional de Córdoba: https://rdu.unc.edu.ar/bitstream/handle/11086/4197/Negritto%2C%20Carolina.pdf?sequence=6&isAllowed=y

Pêcheux, M. ([1982] 2011). Leitura e memória: projeto de pesquisa. Trad de Tânia Clemente de Souza. En

Orlandi, E. (org.). Análise de discurso. Michel Pêcheux (pp; 141- 150). Pontes.

Pêcheux, M. ([1983] 2007). Papel da memória. Trad. de José Horta Nunes. En Achard, P. y otros. Papel da memória (pp. 49-56). Pontes.

Pêcheux, M.; Gadet, F. ([1977] 2011). Há uma via para a linguística fora do logicismo e do sociologismo? Análise de discurso: textos selecionados por Eni Puccinelli Orlandi. Pontes, p. 295-310.

Sansone, F. y Sansone, F. (18 de abril de 2018). Biografía. https://isansoni.it/2018/04/18/biografia/

Sorlin, P. (1985). Sociología del cine. La apertura para la historia de mañana. Fondo de Cultura Económica.

Tajfel, H. (1984). Grupos humanos y categorías sociales. Herder.

Vitale, A. (2007). Las memorias discursivas de mayo de 1810 como legitimación de los golpes militares en la Argentina (1930-1976). Signo & Seña, 18, 231-248

Zoppi Fontana, M. (2013). El análisis del discurso en Brasil: teoría y práctica. Signo & Seña, 24, 3-9

Publicado

2025-02-13

Como Citar

Negritto, C. (2025). A construção discursiva da italianidade fragmentada na web filme “Dottore sono del sud” (2021). Revista Estudios De Lenguas - RELEN, 7, 126–144. Recuperado de https://portalderevistas.unsa.edu.ar/index.php/Relen/article/view/4804

Edição

Seção

Artículos