Mulher e tango: delusória sedução
Palavras-chave:
tango, erotismo, corpo fragmentadoResumo
Nas letras de tango, a figura feminina erótica constitui um leitmotiv das histórias minimamente desenvolvidas do gênero, nas quais as mulheres representam o objeto de desejo e pertencimento dos homens. Diante das exigências do guapo, do compadrito ou do cafetão, a milonguita busca construir uma imagem de sensualidade ou erotismo que implanta em um espaço que, embora institucionalmente público, se torna prisional. Tanto nos tangos da chamada Guardia Vieja quanto nos da Guardia Nueva, é possível perceber uma estética reduzida a certas convenções, às quais ela tenta corresponder sob o risco de fragmentação e feiura. Em consonância com as transformações culturais da segunda metade do século XX, tanto os espaços da canción e do baile de tango, quanto os papéis daqueles que fomentam essas práticas, estão mudando. Ideais relacionados à figura da mulher e à experiência do amor também estão mudando, como pode ser observado nas letras das últimas décadas. Selecionam-se algumas letras dos três momentos mencionados da história do tango e registram-se as estratégias escolhidas para construir as manifestações do eros, a fim de examiná-las e compreendê-las em contexto.
Referências
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