Representações do espanhol na seção espanhola do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM, 2010-2019)

Autores

  • Ana Laura Brown Universidad de Tres de Febrero Buenos Aires, Argentina analaura.brown@gmail.com

Palavras-chave:

ENEM, representações, espanhol

Resumo

Nesta pesquisa, pretendemos analisar as representações do espanhol nas provas de espanhol do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) durante o período 2010-2019 a partir do quadro teórico du critical language testing (Mc Namara & Roever, 2006; Shohamy, 2006). Nossos objetivos são, por um lado, contextualizar a introdução do exame, entendendo-a como uma política linguística do Estado brasileiro (Spolsky, 2017) vinculada à entrada em vigor da lei da obrigatorie- dade do espanhol nas escolas (Lei 11.161) e mantida apesar da sua revogação, com um grande número de alunos que optam por fazer o exame em espanhol. Por outro lado, analisar as representações que o exame veicula, levando em consideração sua escala e abrangência. Seguindo uma metodologia de análise de conteúdo (Bardin, 1977), primeiramente contextualizamos a situação das línguas estrangeiras e em particular do espanhol na legislação educacional brasileira e desenvolvemos a introdução e reforma do exame ENEM. Em segun- do lugar, analisamos as representações sociolinguísticas (Bein, 2005) levantadas no exame. Centramo-nos nas representações do que é saber ler em espanhol para a vida, nas representações das línguas em geral e na diversidade linguística. A análise mostra que se promove uma ideia de intercompreensão e diversidade cultural que aparece mais temática do que exemplificada nos textos propostos para lei- tura no exame.

Biografia do Autor

Ana Laura Brown, Universidad de Tres de Febrero Buenos Aires, Argentina analaura.brown@gmail.com

es Licenciada y Profesora de Enseñanza Media y Superior en Letras (Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires). Cursa actualmente la Maestría en Gestión de Lenguas de la Universidad de Tres de Febrero. Dicta clases en la Facultad de Filo- sofía y Letras de la UBA, en el área de enseñanza de habilidades académicas y Español como Lengua Segunda y Extranjera y de evaluación de lenguas en el Postítulo Interculturalidad y enseñanza como Lengua Segunda y Extranjera del Instituto de Enseñanza Superior en Lenguas Vivas “Juan Ramón Fernández”. Su tema de investigación es el uso de los exámenes de lengua como política lingüística y actualmente participa en diferentes proyectos sobre el tema.

Referências

Arnoux, E. (2016). La perspectiva glotopolítica en el estudio de los instrumentos lingüís- ticos: aspectos teóricos y metodológicos. Matraga, 23(38), 18-42. doi: 10.12957/matra- ga.2016.20196

Bachman, L. & Palmer, A. (1996). Language testing in practice: designing and developing useful lan- guage tests. Oxford: Oxford University Press.

Banco Mundial. (1995). La enseñanza superior: lecciones derivadas de la experiencia. Washin- gton: Banco Internacional de reconstrucción y fomento. Recuperado de: https://docu- mentos.bancomundial.org/curated/es/274211468321262162/pdf/133500PAPER0Sp1rior- 0Box2150A1995001.pdf

Bein, R. (2005). Las lenguas como fetiche. En Panesi, J. & Santos, S. Actas del Congreso Internacio- nal “Debates actuales: las teorías críticas de la literatura y la lingüística”. Buenos Aires: FFyL- UBA, edición digital s.n.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edicões 70.

Celada, M. (2002). O espanhol para o brasileiro. Uma língua singularmente estrangeira (Tesis de doctorado inédita). Universidad de San Pablo, San Pablo, Brasil.

Da Silva Xavier Barrios, A. (2014).Vestibular e Enem: um debate contemporâneo. Ensaio: Ava- liação e Políticas Públicas em Educação, 22(85), 1057-1090.

Del Valle, J. (2007). La lengua, patria común: la hispanofonía y el nacionalismo panhispánico. En del Valle, J. (Coord.). La lengua, ¿patria común? Ideas e ideologías del español (pp. 31-56). Madrid:Vervuert.

Delors, J. et al. (1996). La educación encierra un tesoro. Informe a la UNESCO de la Comisión inter- nacional sobre la educación para el siglo XXI. Madrid: Santillana/UNESCO. Recuperado de https://www.unesco.org/education/pdf/DELORS_S.PDF

González Velasco, P. (2019). Gilberto Freyre: una visión brasileña de la comunidad bilingüe panibérica. Revista Iberoamericana de Educación, 81(1), 15-34. doi: 10.35362/rie8113533 Hamel, R. (noviembre, 2004). Las cuatro fronteras de la identidad lingüística del español: lengua dominante y dominada, lengua fronteriza y lengua internacional. Ponencia presentada en III Congreso Internacional de la lengua española, Rosario, Argentina. Recuperado de https://congresosdelalengua.es/rosario/mesas/hamel_r.htm

Jakobson, R. (1986). Ensayos de lingüística general. México D.F.: Planeta Agostini.

Lagares, X. (2013). O espaço político da língua espanhola no mundo. Trabalhos em Linguística Aplicada, 52(2), 385-408. doi: 10.1590/S0103-18132013000200009

Lauría, D. (2013). Consideraciones glotopolíticas en torno a los diccionarios escolares de es- pañol. Revista Digital de Políticas Lingüísticas, 5(5), 7-47.

Mc Namara, T. & Roever, C. (2006). Language testing: the social dimension. Oxford: Wiley Blackwell.

Ribeiro Durham, E (2010). A política educacional do governo Fernando Henrique Cardoso. Novos Estudos, (88), 153-179.

Pacheco Vita, C. (2005). A opacidade da supposta transparencia: quando “amigos” funcionam como “falsos amigos” (Tesis de maestría). Facultad de Filosofía, Letras y Ciencias Humanas de la Universidad de San Pablo. Recuperado de: https://www.teses.usp.br/teses/disponi- veis/8/8145/tde-07082007160214/publico/TESE_CLAUDIA_PACHECO_VITA.pdf

Rodrigues, F. (2010). Língua viva, letra morta. Obrigatoriedade e ensino de espanhol no arquivo jurí- dico e legislativo brasileiro (Tesis de doctorado inédita). Universidad de San Pablo, San Pablo, Brasil.

Scaramucci, M.V.R. (2004). Efeito retroativo da avaliação no ensino e aprendizagem de línguas: o estado do arte. Trabalhos em Linguística Aplicada, 43(2), 203-226. doi: 10.1590/S0103- 18132004000200002

Shohamy, E. (1996). Critical language testing and beyond, Studies in Educational Evaluation, 24:(4), 331-345.

Shohamy, E. (2006). Language policy: hidden agendas and new approaches. Nueva York: Routledge.

Spolsky, B. (2017). Language testing and language management. En Fulcher, G & Davidson, F. (Eds.). The Routledge handbook of language testing (pp. 495-505). Londres: Routledge.

Tavares de Sousa, S. (2017). A redação do ENEM e sua influência no ensino: uma questão de política linguística. En Bein, R. et al. (Coords). Homenaje a Elvira Arnoux- Estudios de análisis del discurso, glotopolítica y pedagogía de la lectura y la escritura.Tomo II, Glotopolítica, Buenos Aires: Editorial de la Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires.

Tavares Santos, J. (2011). Exame Nacional do Ensino Médio: entre a regulação da qualidade do Ensino Médio e o vestibular. Educar Em Revista, (40), 195–205. Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/er/n40/a13.pdf

Tonimbeni, S., Pérez, E. & Olaz, F. (2008). Introducción a la psicometría. Buenos Aires: Paidós.

1. Leyes y documentos

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). (2010) Guia de elaboração de revisão de itens (Vol. 1). S. l.: Ministerio de Educación. Recuperado de

https://darnassus.if.ufrj.br/~marta/enem/docs_enem/guia_elaboracao_revisao_ itens_2012.pdf

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). (2019a). ENEM, provas e gabaritos. Recuperado de https://portal.inep.gov.br/provas-e-gabaritos

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). (2019b). ENEM press kits. Recuperado de https://inep.gov.br/central-de-conteudo/press-kits

Ley N° 4024. Lei de Diretrizes e Base de 1961. Presidencia de la República Federativa de Brasil, 20 de diciembre de 1961. Recuperado de https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legisla- cao/108164/lei-de-diretrizes-e-base-de-1961-lei-4024-61

Ley N° 9394. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Presidencia de la República Fede- rativa de Brasil, 20 de diciembre de 1996. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm

Ley N° 11161. Presidencia de la República Federativa de Brasil, 5 de agosto de 2005. Recu- perado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11161.htm

Ley N° 13415. Presidencia de la República Federativa de Brasil, 16 de febrero de 2017. Recu- perado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm

Medida Provisória N° 746. Presidencia de la República Federativa de Brasil, 22 de septiembre de 2016. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Mpv/ mpv746.htm

Ministerio de Educación de Brasil (MEB). (2000) Parámetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Recuperado de https://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf

Ministerio de Educación de Brasil (MEB). (2002). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio +. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Recuperado de https://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/linguagens02.pdf

Ministerio de Educación de Brasil (MEB). (2006). Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Linguagens, códigos e suas tecnologias (Volúmen 1). Brasilia: Ministerio de Educación. Recu- perado de https://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_01_internet.pdf

Portaria N° 438. Ministerio de Educación de Brasil, 28 de mayo de 1998. Recuperado de https://www.editoramagister.com/doc_348638_Portaria_n%C2%BA_438_de_28_de_ maio_de_1998.aspx

Publicado

2021-02-24

Como Citar

Brown, A. L. (2021). Representações do espanhol na seção espanhola do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM, 2010-2019). Revista Estudios De Lenguas - RELEN, 3(1), 147–165. Recuperado de https://portalderevistas.unsa.edu.ar/index.php/Relen/article/view/1702

Edição

Seção

Dossier “Políticas lingüísticas: Procesos, agentes e instrumentos”