Por ou para os falantes? Revitalização de tshivenda na África do Sul
Palavras-chave:
política linguística, revitalização, oficialização, corpusResumo
Após o Apartheid, em 1996, uma nova Constituição sul-africana expandiu a lista de línguas oficiais, adicionando nove línguas indígenas ao inglês e ao afrikaans. Como Spolsky (2009) argumenta, o reconhecimento causa a mudança de status do dialeto a lingua. A criação do Tribunal de Linguas (Conselho Pan-Africano das Línguas) e outras mudanças na Constituição mostram interesse em integrar a sociedade através de políticas linguísticas. Tollefson (2015) afirma que o planejamento linguístico é importante na criação e continuidade de sistemas de desigualdade. Neste caso, a oficialização das línguas é utilizada como instrumento de integração. No âmbito do Mês do Ativismo Linguístico na África do Sul, em 2018, foi apresentado um dicionário bilíngue inglês-tshivenda. Essa política pública buscou contribuir para a oficialização da tshivenda e seu processo de revitalização. Por outro lado, um palestrante do Tshivenda criou uma aplicação para dispositivos móveis, o Gudani TshiVenda, para aprender a língua, buscando objetivos semelhantes aos de políticas públicas. Este trabalho está enquadrado no campo da política e planejamento linguístico. Faz parte das tradições de pesquisa qualitativa (Hernández Sampieri et al., 2014; Vasilachis, 2006; Festinger & Katz, 1992), mais especificamente na realização de entrevistas com membros do Pan- SALB, a o criador da aplicação e na leitura de documentos jurídicos e publicações feitas pelo PanSALB. Será feita uma tentativa de comprender a lógica de ambas as políticas linguísticas e compará-las a fim de observar quais atores e setores estiveram envolvidos em cada uma e quais aspectos da língua estão implicados.
Referências
Alexander, M. (18 de julio de 2018).The I I languages of South Africa. En South Africa Gateway [Sitio web]. Recuperado de https://southafrica-info.com/arts-culture/1 I -languages-south-africa/
Alexander, N. (2007).The Role of African Universities in the Intellectualisation of African Lan guages. JHEA/RESA, 5( I), 29-44.
Arnoux, E. & Del Valle, J. (2010). Las representaciones ideológicas del lenguaje. Discurso gloto- político y panhispanismo [Edición especial]. Spanish in Context, 7(1), 1-24. doi: 10.1075/ sic.7.1
Beukes, A. M. (mayo de 2004). The First Ten Years of Democracy: Language Policy in South Africa. Ponencia presentada en el Congreso Linguapax X-Forum Universal de las Culturas, Barcelona, España.
Calvet,J. L. (1997). Las políticas lingüísticas. Buenos Aires: Edicial
Constitución de la República de Sudáfrica. (1996). Recuperado de https://www.gov.za/documents/constitution-republic-south-africa-l996
Cooper, R. (1997 [1989]). La planificación lingüística y el cambio social. Madrid: Cambridge Uni- versity Press.
Festinger, L. & Katz, D. (1992). Los métodos de investigación en las ciencias sociales. Buenos Aires: Paidós.
Gumperz, J.J. (1964). Linguistic and social interaction in two communities. American Anthropo- logist, 66(6), 137-53.
Hernández Sampieri, R., Fernández Collado, C., & Baptista Lucio, P. (2014). Metodología de la investigación. (6a ed.). México D.F.: McGraw-Hill.
Kaplan, R. B. & Baldauf, R. B (1997). Language Planning from Practice to Theory. Clevedon: Multi- lingual Matters.
Ngcobo, M. N. & Nomdebevana, N. (2010).The Role of Spoken Language Corpora in the Inte- llectualisation of Indigenous Languages in South Africa. Alternation, 17(1). 186-206.
Motsaathebe, G. (201 I). Book Publishing in Indigenous Languages in South Africa: Challenges and Opportunities. Indilinga. African Journal of Indigenous Knowledge Systems, 10(1), 115- 127.
Musitha, M. E. &Tshibalo, L. (2OI6).The Politics of Language ¡n South African Institutions of Higher Learning. European Journal ofResearch in Social Sciences,4(6), l-lI.
Spolsky, B. (2009). Language Management. Cambridge, Nueva York: Cambridge University Press.
TollefsonJ. (2015). Historical-Structural Analysis. En Hult, F. & Johnson, D. C. (Eds.), Research methods in language policy and planning: a practica! guide (pp. 140-151). Nueva Jersey: Blackwell.
Tshikota, S. L. (2015). English-TshiVenda Bilingual Dictionary. South Africa: SA Heritage Publishers.
Vasilachis de Gialdino, I. (2006). Estrategias de investigación cualitativa. Barcelona: Gedisa. Woolard, K. A. (1998). Introduction. Language Ideology as a Field of Inquiry. En Schieffelin,
B.,Woolard, K.A. & Kroskrity, P. (Eds.), Language Ideologies. Practice andTheory (pp. 3-47). Nueva York, Oxford: Oxford University Press [traducción de Mariana Rodríguez para la Cátedra de Etnolingüística, Facultad de Filosofía y Letras, UBA. Supervisión técnica y revi sión de Florencia Ciccone].


