“¡¡Todo estaba prohibido, solo la muerte no estaba prohibida!!”:

as restrições às encomendações de cadáveres durante a epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro (1848-1851)

Autores

  • Claudia Rodrigues Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO e mail: claudia.rodrigues@unirio.br

Palavras-chave:

epidemia de febre amarela, dispositivos sanitários, costumes fúnebres, encomendação de cadáveres, paróquia

Resumo

Diante da grave epidemia de febre amarela que assolou a cidade do Rio de Janeiro entre fins de 1849 e meados de 1850, uma série de medidas foi implementada pelo governo imperial, mediante suporte de médicos higienistas, com vistas a reduzir a quantidade de doentes e de mortes. A partir da análise da legislação higienista, das constituições sinodais da Bahia, artigos de jornais e registros paroquiais de óbito de quatro freguesias urbanas da Corte, busca-se identificar de que modo os dispositivos sanitários impostos pelo governo imperial interferiram na dinâmica da tradicional prática da encomendação de cadáveres, considerada pela hierarquia eclesiástica como de caráter sagrado, clerical e de jurisdição paroquial, suscitando reações do clero católico da Corte e deixando marcas para além do contexto epidêmico.

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Publicado

2025-03-27

Como Citar

Rodrigues, C. (2025). “¡¡Todo estaba prohibido, solo la muerte no estaba prohibida!!”:: as restrições às encomendações de cadáveres durante a epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro (1848-1851). Andes, 33(2), 294–332. Recuperado de https://portalderevistas.unsa.edu.ar/index.php/Andes/article/view/4849

Edição

Seção

Dossier Muertes, rituales y políticas en pandemias