Tudo se proibia, só a morte não era proibida!!”: As restrições às encomendações de cadáveres durante a epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro (1848-1851)
Resumen
Diante da grave epidemia de febre amarela que assolou a cidade do Rio de Janeiro entre fins de 1849 e meados de 1850, uma série de medidas foi implementada pelo governo imperial, mediante suporte de médicos higienistas, com vistas a reduzir a quantidade de doentes e de mortes. A partir da análise da legislando higienista, das constituyes sinodais da Bahia, artigos de jornais e registros paroquiais de óbito de quatro freguesias urbanas da Corte, busca-se identificar de que modo os dispositivos sanitarios impostos pelo governo imperial interferiram na dinámica da tradicional prática da encomendando de cadáveres, considerada pela hierarquia eclesiástica como de caráter sagrado, clerical e de jurisdindo paroquial, suscitando reagoes do clero católico da Corte e deixando marcas para além do contexto epidémico.
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